domingo, 28 de outubro de 2012

Fantasmas

Encontrou sem procurar
O que não era suposto alcançar
Da felicidade do passado recente
Emergiu para a escuridão do presente
Acordaram-se receios
Cresceram anseios
Nuvens negras povoaram seu ser
Fantasmas sedentos beberam seu querer
Neurónios pasmados deixaram o invasor
Trespassar lentamente o peito com dor
O corpo sucumbe a uma mente inerte
Prostrando-se sem vida pois já não sente

quarta-feira, 4 de julho de 2012


Loucos, loucos, loucos
Ai que nós estamos loucos
Vão-nos ao bolso
Nem podemos reclamar
Chegou a Troika
Isto tem é qu´ir p´ra frente
Toca a cantar para esquecer
Minha gente             
Corta, corta, corta,
Não esqueças de cortar
Olha que às avessas
Os bolsos vamos virar
O coelhinho bem nos tenta governar
Para no seu bolso nadinha faltar
Ele e os outros lá do seu poleiro
Vão-nos levando o nosso dinheiro
Deixam-nos lisos
Quase a mendigar
Mas o que é nosso
Temos que comprar!
Vivam a Merkel, Sarkozy e os bancos
Agências de rating
Que nos deixam em prantos    
Loucos, loucos, loucos
Ai que nós estamos loucos!!!  

sexta-feira, 9 de março de 2012

Andamos no mundo à deriva

Andamos no mundo à deriva
Somos gente com coração
A lutar contra quem nos leva
As migalhas que são nosso pão
Trabalhamos de sol a sol
Sem nunca sequer piar
Ansiamos pelo momento
Do corpo em vão descansar

Fugimos por entre as setas
Que nos tentam golpear
Infligidas por um governo
Que só pensa em nos saquear
Somos piegas diz o senhor
Que nos anda a mutilar
Quer também roer-nos os ossos
Que nos levam a labutar

Salteadores sem compaixão
Num país sem rei nem roque
E assim lá o vão afundando
Levando-nos a nós a reboque
Somos soldados sem munições
De uma batalha ainda por travar
Temos esperança destes glutões
Conseguirmos derrubar