terça-feira, 27 de abril de 2010

Vós
Nossos filhos
Sois a nossa alegria
Sorris dando-nos vida
E afastando a melancolia
Hoje um livro esquecido
Amanhã um brinquedo no chão
E mesmo com toda a desordem
Encheis o nosso coração
Desde o dia em que nasceis
Mudais toda a nossa vida
Mas a verdade é que a fazeis
Bem mais colorida
Por vós, tudo fazemos
Sem nada sequer questionar
E todo amor que vos temos
Por nada irá acabar…
Ralhamos, castigamos, zangamos
Porque vos queremos proteger
E assim cada vez mais vos amamos
Não é fácil ver-vos crescer
Nunca é tarde
Para aprender
Para oferecer um sorriso
Para viver
Nunca é tarde
Para ser feliz
Para ser verdadeiro
Como sempre se quis
Nunca é tarde
Para dançar
Para construir uma vida
Sem nada a travar
Nunca é tarde
Para partilhar
E com serenidade
A vida abraçar
Nunca é tarde
Para atingir a harmonia
E com tudo o que aprendemos
Viver com sabedoria
Nunca é tarde
Para voltar a ser eu
E para fazer renascer
Quem apenas se escondeu
Desejo
É saudade
É querer o passado
No presente
É ter tanta vontade
De tudo
Durar eternamente
É ansiar cada instante
Intensamente
É ficar parado
A sonhar
Sem nunca querer
Acordar
Fechei os olhos
E sonhei
Sonhei que era feliz
Sem medo deixei-me levar
Por onde a minha mente quis
Percorri montes e vales
Deixei-me flutuar
E em momento algum
Parei de sonhar

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Encontrei minha alma
Perdendo meu rumo
Sem sul nem norte
Divago na calma
Perco-me no fumo
Que será a minha sorte
Meia perdida
No entanto encontrada
Deambulo pela vida
Sem saber mais nada
Procuro entender
Talvez aprender
Como viver

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tudo vai terminar
E eu tenho que procurar
Nova paragem
Vou encetar viagem
Rumo a uma nova imagem
Porque esta já está gasta
E tem sido tão nefasta
Tenho que dizer basta
Vou ao encontro
Do sentido da vida
Bem mais colorida
Mais profunda
Uma vida sem confusões
Sem ilusões
Com muitas emoções

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pózinhos de perlimpimpim
Vão encher o meu sapato
Depois é só fazer plim
E pareço um avião a jacto

Voo por cima das nuvens
Vou para lá do arco-íris
Vejo, no fundo, os homens
As árvores e as casas são minis!

Pelas sete cores do arco-íris
Vou saltando alegremente
Ups foi por um triz
Quase tropeçava… realmente

Sr. Vermelho deixe passar
Sr. Laranja como vai?
O Amarelo sempre a resmungar
Tenha juízo ai ai ai!

Lá está o Verde a organizar
E o Azul muito zeloso!
Vem o anil para completar
Com o violeta sempre vaidoso!!
Era uma vez o senhor um
Que deu um pum catrapum
Encontrou o senhor dois
Contou-lhe tudo pois pois
Quando chegaram ao três
Saiu tudo de uma vez
Foram visitar o quatro
Mas só lá estava o carrapato
Chegaram a casa do cinco
Encontraram tudo num brinco
Bateram à porta do seis
Que tinha ido aos pastéis
Depois avistaram o Sete
Que vinha a tocar trompete
Logo encontraram o oito
Que dormia no seu leito
Foram ter com o senhor Nove
Que vivia numa couve
Finalmente chegaram ao dez
E começaram outra vez

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fazes-me rir
Voar e sentir
Ser criança e sonhar
Em qualquer lugar
Que eu possa estar
Fazes-me rir
E perceber
Que tudo o que eu quero
Posso ser
Fazes-me rir
E sorrir
Sem confusões
Sem ilusões
Fazes-me rir
E para mim olhar
Com carinho e ternura
E imaginar
Fazes-me rir
E desejar
A vida
Continuar a abraçar
Love is when someone gives you their hand
When you fall down
Love is a sunflower
Opening it’s arms to the sun
Love is the smile of a child
Love is a pet laying by your side
Love is to give the bigger half to the other
Love is the face of a mother
Love is a surprise
In a very sad day
Love is to be able to go away
Love is when you’re there
Wiping my tears
Love is when you share
All my fears
Love is a light
In a very dark night
Love is past, present and future
Love is everything that is pure
Love is everytime and everywhere
You just have to be there

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Se nas estrelas residisse o teu olhar
Não olharia a meios para lá o ir buscar
Se na lua eu encontrasse o teu sorriso
Para que ele fosse meu
Eu iria até lá se isso fosse preciso
A ânsia de te ver,
A ânsia de te ter,
A ânsia de te amar,
Coincidem com o medo de te perder,
Com o medo de não te poder olhar,
De te não poder tocar.
Não é a solidão que eu temo
Mas sim o pensamento de que um dia
Poderás não ser meu!
Se fosse preciso,
Para te ter,
Correria até ao céu
Voaria nas nuvens
Pisaria o sol
Mas nada me impediria de te amar!
E se tu não me amasses mesmo assim
Não ficaria triste
Continuaria a amar-te
E amar-te-ia eternamente
Até ao fim…
Deixaste marcas em mim
Que nem o tempo vai apagar
Levaste de mim uma parte
Que não vai voltar
Toda a dor que causaste
Deixou cá dentro uma mágoa
Simplesmente te foste
Fiquei à deriva, à toa
Soltei uma lágrima
E outra a seguir
Sem sequer me dar conta
Deixei de sentir
Quase sem respirar
Quase moribunda
A pouco e pouco
Fui recuperando
Desta tristeza profunda
Mas as marcas que ficaram
Não irão desaparecer
E são elas que alimentam
A minha vontade de viver

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Trouxeste de volta
Uma parte de mim
Há muito perdida
Há muito esquecida
Nos confins do tempo
Empurrada pelo vento
Levada pelos dias
E encerrada nas noites frias
Era apenas uma vaga memória
De uma longínqua história
Mas que o tempo
Não conseguiu apagar
E que tu
Vieste acordar
Dando alegria e alento
Enchendo de sentimento
E de vontade de renascer
De voltar a viver…

terça-feira, 6 de abril de 2010

Hoje o sol apareceu
A brilhar
Na minha janela
E logo no meu rosto
Um sorriso nasceu
Para iluminar
A aquarela
Raios dourados
Por entre as vidraças
Deram-me vida
Libertei-me de medos
E agarrei o futuro
Destemida..

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Preciso de ti, mas a luz
Parece esvair-se, assim como tu
Pareces não responder à minha súplica
Vem ao meu encontro
Não me abandones
Não me deixes nesta hora confusa
Ajuda-me
Ajuda-me a encontrar o caminho.
Estou no meu quarto
Onde olho à minha volta e …
Que vejo?
Só paredes, que parecem girar
E fazer de mim o seu centro
Sinto-me tonta.
Vem. Ajuda-me
Vejo, ao fundo do túnel, a luz
Tento alcançá-la
Corro
Persigo-a
Mas ela tem vida. Ela foge
Sinto um vulto atrás de mim
Na pouca luz existente,
Fujo apavorada e no fim
No fundo do túnel
Ganho coragem…volto-me…
E vejo que daquilo que eu fugia
Era da minha própria sombra
Era… de mim…
Eu fugia da minha própria existência

domingo, 4 de abril de 2010

Don’t leave me now
Don’t stop smiling at me
I wish I could know how
My future life will be
Help me get back up
On my feet again
It’s time for me to stop
All this stupid pain
You gave me your sweet hand
And we started to dance
On you I could depend
But now you’re building me a fence
Open your arms
Your heart and your mind
Put away the storms
There’s still too much to find
Let’s make love
The way we never did before
Let’s give all we can give
And fall apart no more
I close my eyes
And all I can see is you
You show me your smile
And you make me smile too

You make my heart beat faster
Each time you look at me
You make me wanna hold you
You make me as happy as anyone can be

You make me laugh
You make sunshine when it´s rain
You show all the best in me
You disappear with all the pain

You show me how love is good
And how it´s getting better each day
You make me feel when i´m with you
That all bad things go away

You show me i´m beautiful
You make me think there’s only you and I
You make my life perfect
You make me wish time wouldn´t go by

sábado, 3 de abril de 2010

Quero um abraço
Somente um carinho
Um desabafo
Para seguir o meu caminho
Tudo parece já tão distante
Remoto e vazio
Tão inexistente
Tão sombrio
Parece ter sido um sonho
Mas tão real
Que quase adivinho
O seu final
Foram curtos momentos
Vividos a dois
Felizes, sem tormentos
Mas o que ficou depois?
Ficou o espaço
Do nosso abraço
E do nosso beijo
O desejo
Salto da cama
Começo a escrever
O que me sai da alma
Sem sequer perceber
A caneta desliza
Travando por vezes
O coração sussurra
Palavras de amor
Carinho e ternura
Fico na esperança
Que nem uma criança.
A caneta travou
Parei de escrever
A imaginação
Parou de crescer
E a escrita
Começou a morrer…
Yesterday
I was lost inside of me
Yesterday
There was nothing I wanted to see
Yesterday
All my memories were so sad
Yesterday
I was almost going mad
But today
You came into my life
And today
You put a smile into my face
Today
You brought some shine to my heart
And from this day on
We could never fall apart
Estou sozinho
No meio da multidão
Ando em busca de algo
Que me arranque a solidão
Tantas vidas anónimas
Passam em volta de mim
Surgem vindas do nada
Vão correndo para o seu fim
Umas calmas e serenas
Outras num turbilhão de emoções
Encontros e desencontros
Todos cheios de ilusões
No meio de tantos rostos
Todos eles tão desiguais
São os rostos dos que sofrem
Que se salientam mais
Procuram tal como eu
Acalmar toda esta dor
Encontra a harmonia
E agarrá-la com fervor
Pelas artérias do meu pensamento
Vagueio sem conseguir parar
Percorro a todo o momento
Partículas do meu pensar
Tento descobrir o que sou
Tento descobrir ao que vim
E bem lentamente eu vou
Lutando dentro de mim
As memórias do meu passado
Sobrevoam a minha mente
Lembrando cada bocado
Trazendo-o para o presente
Assolou-me a paz interior
Que eu por nada vou perder
Passou-se todo o temor
Da solidão do meu viver
A vida é uma confusão
Ninguém sabe o que é certo ou errado
Ninguém sabe o que fazer
E mesmo assim
Continuamos lado a lado
A desempenhar um papel tonto
A viver...
A vida é uma confusão
Todos buscam a felicidade
Todos lutam pela liberdade
E mesmo sem o conseguir
Vivem na ilusão
A vida é uma confusão...